Uma amizade sempre passa por uma construção: primeiro você começa a ter uma afinidade com a pessoa; depois de um determinado momento você simpatiza com alguns pontos de vista, enquanto em outros você aprende com a diversidade de opiniões; ao passar do tempo, você vai dando e adquirindo respeito, compreendendo onde e como são formadas as barreiras de sua amiga ou amigo.
E assim se constrói um relacionamento - compreendendo, gostando, se afinando, e talvez o maior ponto que quero trazer aqui hoje: amando.
O amor de uma amizade é um amor sublime, que esta por trás de todos os movimentos entre os dois sujeitos, mas que dificilmente é nomeado - ele apenas permeia todas as palavras ali ditas. É um amor construído com base na troca, enquanto um doa de um lado, o outro doa do outro.
Esse amor também tem uma característica muito interessante: não precisa falar que esta ali. Ele simplesmente está. Esta apenas dentro.
Vejo que a incorporação na Umbanda possui essa característica: é um amor pleno, total, sem precisar ser nomeado, pois é o todo preenchido. É um ato de carinho para consigo e que traz uma carga gigantesca por quem vem, banhando o relacionamento de amizade.
Muitas vezes complicamos a incorporação tentando explica-la por inteiro, como se fosse um substantivo que pode ser nomeado. Porém a incorporação se assemelha muito mais a um ato de amizade: quanto mais você se doa, em dobro você recebe carinho. E esse carinho se assemelha a um carinho de Mãe (aquele que você não quer que acabe).
Convido você, Médium, a ver a incorporação como um ato de amizade, entrega, Amor e troca. Te convido a sentir o que significa esse Amor por inteiro, onisciente, que te preenche quando incorpora um companheiro de Luz. Se permita ganhar esse presente.
Agradeço aqui ao meu grande companheiro por me ensinar o real significado da incorporação, muito mais próximo da Verdade do que imaginava.
Axé!
Pedro Piovan
Dirigente Espiritual do Templo Escola Pai João da Caridade
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